Comissão de Relações Exteriores aprova entrada do país no bloco econômico
Uma das pautas do Congresso Nacional é a adesão da Venezuela ao Mercosul, bloco composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A inclusão do novo país foi aceita pela Comissão de Relação Exteriores e agora precisa ir à votação no plenário do Senado. O presidente Casa, José Sarney, manifestou-se contra o ingresso da Venezuela antes mesmo da votação na Comissão. Já o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, defendeu o ingresso do país ao bloco, pois acredita que as relações comerciais entre Brasil e Venezuela podem atingir um superávit próximo aos R$ 5 bilhões.
De acordo com o coordenador do curso de Relações Internacionais do Unilasalle Canoas, José Antunes, as discussões sobre o tema no cenário brasileiro têm um viés político-partidário e que, além disso, o Senado brasileiro nunca teve muita expressão nas políticas internacionais. “Apesar da Venezuela ter um governo complicado, eu acho que o ingresso do país fortalece o bloco como um todo. A economia venezuelana dará um acréscimo significativo, ampliando aos poucos o bloco”, considera Antunes.
O professor destaca que o ingresso de qualquer país ao Mercosul depende da aprovação de todos membros do grupo. Ou seja, “além do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai precisam aceitar o ingresso da Venezuela no bloco. Para Antunes, as discussões sobre a entrada do novo país ao bloco devem ser muito bem pensadas. “Política externa se pensa a longo prazo. Não se pode pensar em políticas emergenciais, tem que pensar em, pelo menos, 40 anos”, considera o professor.
José Antunes considera que as dúvidas sobre a soberania democrática da Venezuela, principal crítica dos oposicionistas ao ingresso do país, poderiam diminuir com a entrada dele no bloco. “Vale lembrar que qualquer tentativa de rompimento com as instituições democráticas venezuelanas poderia significar sua saída do Mercosul. Além disso, é possível, também, um maior controle sobre tais instituições do país em questão”, finaliza.
Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Chile são países associados ao MERCOSUL, no entanto, não compõem o bloco como membros, por isso não têm poder de veto ao ingresso de qualquer outro país.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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