
Enquanto se comemora a queda do Muro de Berlim, ocorrido há 20 anos atrás, muitos outros muros ainda dividem povos e países no mundo
No dia 09 de novembro de 1989 o Muro de Berlim foi derrubado. Quem acompanhava a mídia nesta época foi testemunha ocular de uma das primeiras coberturas jornalísticas da história. Praticamente todos os grandes veículos de comunicação da época direcionavam suas câmeras para a grande comoção popular em torno do muro, que separava desde 1961, as duas Alemanhas.
Mas, apesar da queda da obstáculo físico, a unificação das Alemanhas ainda não está concretizada. Em declaração à imprensa, a chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que especialmente em nível estrutural, há muita diferença entre a ex-República Democrática Alemã e a antiga República Federal da Alemanha: “Temos que combater essas diferenças se queremos chegar a níveis de vida iguais".
Hoje, 20 anos depois, jornalistas do todo o mundo continuam capturando imagens da barreira desfeita, como prova de que os muros não trazem a proteção que os governos ambicionam e, como efeito negativo, promovem a segmentação e o distanciamento entre os povos.
Os muros no mundo
Apesar do exemplo negativo de segregação que o Muro de Berlim representou a toda humanidade, nosso planeta está repleto de Muros da Vergonha, como o de Berlim de 20 anos atrás.
A Coréia do Norte e a Coréia do Sul estão separadas por uma grande barreira e por uma guerra declarada. A reunificação dos países ainda é um sonho distante.
Israel vem construindo, diante dos olhos da ONU (Organização das Nações Unidas) um muro para isolar a Palestina. Esse muro não está respeitando os limites das fronteiras definidas pela organização.
Muitas pessoas já morreram tentando atravessar o muro, que não tem data para ser derrubado, que separa os Estados Unidos do México.
No Rio de Janeiro, o governo está construindo muros para barrar o crescimento das favelas.
Ostalgia
A destruição da barreira entre as duas Alemanhas também gerou um sentimento autêntico nos alemães orientais, a “ostalgia”, uma misto de leste (ost é leste em alemão) e nostalgia. Apesar do regime linha-dura socialista, muitas pessoas que simpatizavam com o regime tiveram suas vidas transformadas depois da queda do muro.
Um filme para entender a “ostalgia” alemã:
No filme “Adeus Lênin!” a mãe de Alex, fiel devota do socialismo, tem um ataque cardíaco e entra em coma no outono de 1989, pouco antes da queda do Muro. Quando ela acorda, não existem mais fronteiras em Berlim e Alex teme que ela volte ao coma por causa desta novidade.
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